domingo, 1 de maio de 2011

Admirável Mundo Novo 2

Escreva um argumento contrário ao Admirável Mundo Novo.

7 comentários:

  1. "O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está acorrentado."
    (Jean-Jacques Rousseau)
    Por mais que o homem tenha a opção de tomar uma pílula pra ser feliz, de certo modo
    ele ainda estará acorrentado.
    Será que é realmente necessário fugir da realidade?
    Até que ponto as pessoas deixariam de tentar com mais afinco mudar a realidade
    de suas vidas se tivesse uma pílula que já imediatamente a deixaria feliz?
    As pessoas se tornariam mais preguiçosas e mais passíveis. Não iam querer mudar
    de marido, de emprego, de classe...porque já está muito bom. Está todo mundo "feliz".
    "Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria."
    Khalil Gibran

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  2. Não acredito que uma pessoa que vive em total inercia, com tudo muito bem, mereça realmente utilizar a palavra vida! Viver, sob a minha optica, é mudar, é sofrer, é aprender, é amar, é crescer. Talvez eu diga isso por estar repleta de ideologias, preconceitos, mas é extremamente dificil imaginar esse mundo estranho, tão ideal.

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  3. Cibele Juliana Lima Farias - 102210-7
    Teoria da Comunicação

    Sem dúvidas a proposta fictícia de Aldous Huxley em “Admirável Mundo Novo” é minimamente impactante se não permitirmos a nós mesmos uma percepção visionária e, sobretudo, livre dos paradigmas que regem nossa realidade. A idéia do raciocínio futurista e a não-existência de elementos que servem como base para nossa formação na condição de indivíduo, na qual também fora condicionada pelo sistema que estamos cravados, torna-se divisor de águas para que muitas opiniões repugnem uma nova oferta de pensamentos e situações. Na verdade a crítica é tendenciosa acerca do controle da conduta do indivíduo, que em minha opinião fica duvidosa até as últimas páginas do livro. Pois no mesmo instante em que demonstra eficiência do controle geral desse comportamento, através da satisfação aparentemente mostrada por cada pessoa com “casta”, ele também aponta que nem todos se satisfazem com a alienação que sobrevém desse condicionamento. Por essa razão, o homem não só deixa de ter o direito de sua autonomia de escolha, mas também perde todo o seu método de construir a própria subjetividade.

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  4. Não concordo com a perfeição e o ideal de felicidade pregado pelo livro. Acho mais certo pensa como Kant ao falar que o nosso objetivo de vida não deve ser a felicidade. Os personagens do Admirável Mundo Novo, não praticam a boa vontade e o bem supremo, sendo essas, as condições para merecermos a felicidade. E que também só merece a felicidade a quem não até por motivo maior de interesse. Já no "mundo novo" todos agem de acordo com algum interesse seja por si ou por outros.

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  5. "Admirável mundo novo" nos apresenta uma sociedade mecanizada, onde os indivíduos não possuem uma vontade própria. Tudo o que eles fazem gira de acordo com o que eles foram condicionados a fazer. De certa forma, a sociedade é desumanizada, perdendo suas características, incluindo a capacidade de sentir emoções importantes, como o amor e a raiva. Em outras palavras são seres humanos programados para apenas existirem sem um real propósito.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Pra mim, a sociedade futurista apresentada no livro me passa uma imagem negativa. Mecanizada, prima pela perfeição da produção e dos indivíduos, que se encontram em perfeita sintonia com sua posição na hierarquia social. Uma sociedade onde não se questiona, apenas se é. Onde não há mobilidade social e, se cada um foi programado e condicionado desde o nascimento a exercer tal papel, o exercerá de bom grado pelo resto da vida, mesmo que ocupe a pior posição na hierarquia.

    Claro que a distopia imaginada por Huxley está longe de se tornar realidade - e se chegar a acontecer algo como o proposto por ele, imagino que demorarão uns dois séculos -, porém se nos permitirmos viajar um pouco na imaginação, constataremos que um dos caminhos possíveis da humanidade é se transformar em algo parecido. Não seria ideal para o capitalismo que todos, do pedreiro ao médico, exercessem seu ofício sem maiores perguntas e ao final dos anos ainda se mostrasse satisfeito com sua situação, mesmo que às custas de uma droga que os desse a felicidade suprema? Não seria a escola, também, uma espécie de "centro de treinamento" para as crianças e adolescentes?

    Além do mais, o Soma descrito no livro se apresenta como uma felicidade artificial. Não é algo sólido, construído pelo próprio indivíduo e, como tudo na vida, sujeita a variações. Um dia se está de bem com a vida, e no outro não. Já com o Soma não se constrói essa felicidade real. É instantâneo. Prazeroso sim, mas sem esforço e sem uma base sólida.

    Enfim, não gostaria de viver no Mundo Novo, apesar de ser tentada a conseguir essa felicidade – por mais que eu saiba que é uma felicidade alienada. A liberdade é sempre um problema. A escolha é um problema. Mas mesmo com todos os problemas e a angústia que as escolhas constantemente me trazem, eu prefiro ter a possibilidade de construir a minha própria felicidade. Prefiro, também, ter a liberdade de ser infeliz e poder ascender e/ou descender socialmente.

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